quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Jovens se Reinventam Com Crise Financeira

Jovens com pouco mais de 20 anos, que estão na fase de graduação, estão acostumados a viver em um país de baixa inflação. Renda em alta e a escassez de gene preparada para ocupar postos de trabalho, estão reavaliando prioridades e adiando alguns sonhos.

Com a atual crise econômica que vive o Brasil de hoje, em 2016, mais de meio milhão de vagas de trabalho formais foram fechados, conforme dados do cadastro geral de empregados e desempregados (DAGED), os jovens foram os mais atingidos. A taxa de desemprego de 15,25% no final de 2015 foi para 23,36% entre janeiro e março deste ano.

A equipe i9, conversou com o estudante universitário Igor Garcia nos revelou como está fazendo para continuar com estudando durante a crise, “Eu juntei dinheiro com o meu pai e a gente investiu e uma previdência e a gente só pode tirar daqui 3 anos, então eu não posso mexer nesse dinheiro”. O estudante Victor Soares também nos informou que para continuar com seu padrão de vida durante a crise, necessitou fazer algumas alterações na maneira em como administrava seu dinheiro, “Planilhas, controle de gastos e tento comprar só o necessário e não aquilo que é supérfluo para tentar manter a renda estável, jantares em lugares caros, almoços, sair mais, comprar uma coisa ou outra, presente, evitar usar o automóvel, talvez para economizar a gasolina também foi uma coisa que pensamos em fazer”.
O chefe de família e estudante Ricardo Silvestre conta que para se manter com suas programações financeiras precisou fazer ajustes “Contando a faculdade, filhos, empresa e trabalho, a gente tem que fazer um planejamento bem alinhadinho para conseguir chegar até o final do mês com saúde financeira”, afirma.

Para Carlos Nelson reis, diretor do instituto de pesquisa e desenvolvimento (IDEIA/RS), a inversão no mercado de trabalho está cada vez mais crítica. O jovem mais do que nunca, tem que se responsabilizar pelo seu futuro, e para isso tem que se formar e se informar. Não adianta ficar só na alfabetização profissionalizante, tem que buscar meios para melhorar a realidade.

A formação do indivíduo se dá por um processo de crescimento e desenvolvimento de seu intelecto, de suas habilidades, seus valores, conceitos e postura perante sociedade, a partir daí, a mudança começa a acontecer.

Segundo a Personal Consulting – Banco Pan-americano, Marcia Dolores Resende, “A crise é algo que pode abrir muitas oportunidades, para os jovens, às vezes, até mais do que pra uma pessoa que já tenha o modelo mental dela já muito fechado, porque um jovem vai ver as oportunidades que uma crise pode ofertar, exemplo, criar formas diferentes de fazer as coisas, criar inovações, abrir um espaço para a criatividade para novas formas de movimentar a economia”.
A gestora de investimentos do banco HSBC, Marilene da Cruz ressalta que a criatividade está entrelaçada a um dos diferenciais entre os públicos, “Os jovens de hoje em dia estão se preparando mais, para aumentar o conhecimento e as oportunidades, com força de vontade, eles têm que ter criatividade, então a criatividade abre portas mesmo em crise”, afirma.

Por outro lado, a crise, pode acabar em saldo positivo: o de tornar esses jovens mais maduros, que engolem sapos, mas, sabem administrar as dificuldades ao invés de desistir logo de cara.


Se dependesse desta nova geração, as disputas que não agregam valor entre partidos, ofensas e políticos conservadores, seriam banidos. Haveria uma preocupação mais evidente com o país e as pessoas que nele vivem e a política seria feita todos os dias, de forma ética, transparente e para todos, não com promessas vazias apenas em épocas de eleição.

Acesse o link, e confira  nosso podcast:

https://soundcloud.com/user-811671660/i9-jovens-se-reinventam-com-crise-financeira

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