A prática regular de
atividade física na terceira idade, além dos benefícios físicos, torna mais
evidente a sensação de estar bem, além de, permitir que na maturidade corpo e
mente continuem sendo estimulados e desafiados constantemente.
Uma senhora de 86 anos é a
mais nova estrela da Nike. Conhecida como a “Freira de Ferro”, é detentora do
recorde de pessoa com mais idade a terminar um Iroman, esporte que surgiu em
San Diego, nos Estados Unidos, em 1974, onde os atletas realizam três
modalidades distintas, sempre obedecendo a mesma sequência: natação, ciclismo e
corrida.
Um estudo realizado pela
revista Nature, observou os limites biológicos do organismo humano e dados
demográficos do último século e constatou que 71 anos é a média global de
expectativa de vida, cabendo ao Japão, a maior média, 87,7 anos e ao Brasil, 75
anos. O mesmo estudo observa quão delicado é o conceito de terceira idade se
considerado o declínio das atividades orgânicas funcionais, ponderando-se que
há uma evolução durante a infância, atinge-se o auge entre o termino da
adolescência e 30 anos de idade, fator indicativo de que, a partir dos 30 anos
o individuo já está indivíduo já está incluído na chamada terceira idade.
No processo de
envelhecimento, diversas transformações ocorrem nos distintos sistemas,
variando de pessoa para pessoa, podendo depender de fatore como hábitos
posturais, alimentares, genéticos e também o sedentarismo. Fica evidente que o
hábito de vida é a variável que pode ser monitorada e controlada, uma vez que,
fatores genéticos são herdados. Assim sendo, a procura por alternativas viáveis
e melhor qualidade de vida, significa um melhor envelhecer.
O envelhecer biológico é
caracterizado por mudanças físicas ao longo dos anos, como por exemplo: a
diminuição da energia no corpo, perda celulares, redução gradual da capacidade
de adaptação ao meio ocasionando enfermidades, perda gradual da elasticidade da
pele, aumento da quantidade de gordura corporal, diminuição da força muscular e
hormonal, perda óssea, visual e auditiva, entre outras.
A realização de práticas
esportivas, por meio de estímulos neuromusculares, pode prestar grande serviço
ao amenizar essas modificações, razão pela qual, todo tipo de atividade deve
ser estimulada, seja física, sensorial ou criativa, no intuito de melhorar o
desempenho de atividades diárias e qualidade de vida. “A promoção do
envelhecimento ativo, envolve a conquista da qualidade de vida, permitindo que
o idoso perceba seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo
da vida e participe da sociedade de acordo com suas necessidades e capacidades.
A prática de esportes reflete na ausência de depressão, maior capacidade
cognitiva e funcional, melhora nas relações sociais e familiares”, afirma Dra.
Beatriz Almeida, Neuropsicóloga.
O professor de Educação
Física e Fisioterapeuta, Oséas Cardoso, alerta que a prática de esportes é
benéfica em qualquer idade, sobretudo ao ficar mais velho, considerando-se
sempre as restrições e orientações médicas. “A perda de massa muscular diminui
a força e compromete outras capacidades, potencializando o risco de queda e
agravando as limitações do idoso. A musculação é uma prática muito indicada na
prevenção e manutenção da saúde e independência do idoso, sem deixar de
mencionar o fator sociabilidade nas atividades realizadas em grupo, que
incentivam a prática e melhoram o humor”.
Assim sendo, se conclui que
a prática de exercícios ao longo da vida e em especial na velhice, pode sim
trazer benefícios, não só físicos, mas sociais e psicológicos. O que se viu
aqui é que quanto mais ativa é essa pessoa, menor serão suas limitações.
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